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9 FORMAS DE PROTEGER AS CRIANÇAS DE ABUSOS SEXUAIS


Perguntam-nos muitas vezes: “Quais são algumas medidas práticas que os pais podem adotar para proteger os seus filhos de abusos sexuais?” Aqui ficam nove sugestões para proteger as crianças.

 

1. Expliquem aos vossos filhos que Deus fez o corpo deles. Uma explicação pode ser algo como: “Todas as partes do teu corpo são boas, e algumas partes do teu corpo são privadas”. 

 

2. Ensinem aos vossos filhos nomes corretos das partes íntimas do corpo. Pode ser desconfortável no início, mas utilizem os nomes corretos das partes do corpo. As crianças precisam de saber os nomes corretos dos seus órgãos genitais. Este conhecimento dá às crianças uma linguagem correta para compreenderem o seu corpo, para fazerem perguntas que precisam de ser feitas e para denunciarem qualquer comportamento que possa conduzir ao abuso sexual. 

 

Identifiquem claramente para os vossos filhos quais são as partes da sua anatomia que são privadas. Expliquem aos vossos filhos que “algumas partes do teu corpo nunca devem ser tocadas por outras pessoas – exceto quando precisas de ajuda na casa de banho, quando te estás a vestir ou quando vais ao médico”. Podem fazer isto com crianças pequenas durante o banho ou então pedir que a criança vista um fato de banho e explicar que todas as áreas cobertas por um fato de banho são “privadas”. A analogia do fato de banho pode ser um pouco enganadora porque não menciona que outras partes do corpo podem ser tocadas de forma inadequada (como a boca, as pernas, o pescoço, os braços), mas é um bom começo para os mais pequenos compreenderem o conceito de partes íntimas. 

 

3. Convidem os vossos filhos a comunicar. Digam aos vossos filhos que eles podem contar-vos se alguém lhes tocar nas partes íntimas ou de qualquer outra forma que os faça sentir desconfortável (mesmo nas zonas não cobertas pelo fato de banho), independentemente de quem seja a pessoa ou do que ela lhe diga. Assegura ao teu filho/a que não terá problemas se te contar que foi tocado de forma inadequada, pelo contrário, que ficarás orgulhoso/a por ele/a te ter contado e isso vai ajudar a ultrapassar a situação. 

 

4. Falem sobre toques. Sejam claros com os adultos e as crianças sobre a diferença entre o toque que não faz mal e o toque que é inadequado. Digam aos vossos filhos algo como: “A maior parte do tempo gostas de ser abraçado, aconchegado, fazer cócegas e ser beijado, mas às vezes não gostas e isso não faz mal. Avisa-me se alguém – membro da família, amigo ou qualquer outra pessoa – te tocar ou falar contigo de uma forma que te faça sentir desconfortável”. 

 

Ensina aos mais pequenos a dizer “Para”, “Já está” e “Acabou-se”. Podem reiterar isto ao parar imediatamente de abraçar ou fazer cócegas aos vossos filhos quando eles expressarem que já não querem mais. A vossa reação é digna de nota para as crianças, pois demonstra que ela tem controlo sobre o seu corpo e os seus desejos. 

 

Se houver membros da família alargada que possam ter dificuldade em compreender os limites da tua família, podes explicar que estás a ajudar os teus filhos a compreenderem a sua capacidade de dizer não a toques indesejados, o que os ajudará se alguém os tentar magoar. Por exemplo, se o teu filho não quiser beijar o avô, deixa-o dar um “mais cinco” ou um aperto de mão.

 

5. Não peçam aos vossos filhos parar salvaguardar as vossas emoções. Sem pensar, por vezes pedimos a uma criança algo do género: “Estou triste, dás-me um abraço?” Embora a intenção possa ser a inocente, a criança sente-se responsável pelas tuas emoções e pelo teu estado de espírito: “A mamã está triste... Preciso de a animar”. Se alguém quisesse maltratar uma criança, poderia usar uma linguagem semelhante para que a criança a “ajudasse” a sentir-se melhor e a criança poderia racionalizar isso como aceitável se fosse algo que ela fizesse inocentemente contigo. 

 

6. Deitem foram a palavra “segredo”. Expliquem a diferença entre um segredo e uma surpresa. As surpresas são alegres e geram excitação, porque dentro de pouco tempo será revelado algo que trará grande prazer. Os segredos, pelo contrário, provocam isolamento e exclusão. Quando se torna habitual guardar segredos apenas com uma pessoa, as crianças ficam mais suscetíveis ao abuso. Os agressores pedem frequentemente às suas vítimas que guardem segredos apenas entre eles.

 

7. Clarifiquem as regras para brincar ao “médico”. Brincar ao médico pode transformar as partes do corpo num jogo. Se as crianças quiserem brincar aos médicos, podes redirecionar este jogo sugerindo que usem bonecos e animais de peluche como pacientes em vez do seu próprio corpo. Desta forma, podem continuar a utilizar as suas ferramentas de médico, mas para consertar e cuidar dos seus brinquedos. Pode demorar algum tempo a fazer a mudança, mas basta recordar gentilmente que não se brinca, como um médico, com o nosso corpo. Se encontrarem o vosso filho a explorar o seu próprio corpo com outra criança, abordem calmamente a situação e estabeleçam limites claros dizendo: “Parece que tu e o teu amigo estão a comparar os vossos corpos. Vistam as vossas roupas. E lembra-te, apesar de saber bem tirar a roupa, nós mantemos a roupa vestida quando estamos a brincar”.

 

8. Identificar em quem confiar. Falem com os vossos filhos sobre em quem vocês e eles confiam. Depois, dêem-lhes autorização para falarem com esses adultos de confiança sempre que se sentirem assustados, desconfortáveis ou confusos acerca do comportamento de alguém em relação a eles. 

 

9. Denunciar imediatamente qualquer suspeita de abuso. Leram estes passos, agora considerem-se defensores contra o abuso sexual na infância. Denunciem tudo o que sabem ou suspeitam que possa ser abuso sexual. Se não o fizerem, é que possível que mais ninguém o faça.


Extraído de “God Made All of Me” ©2015 por Justin e Lindsey Holcomb. Usado com a permissão de “New Growth Press”.

O excerto não pode ser reproduzido sem a autorização expressa por escrito de “New Growth Press”.

 

Artigo Original aqui.

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