COMO SERÁ A ESCOLA? 4 FORMAS DE ORAR SOBRE ISSO


 Sentei-me no sofá em frente ao meu amigo enquanto conversávamos sobre os últimos meses. Cada um de nós com uma criança a caminho do segundo ano, a nossa conversa andava em torno do último semestre - peças da escola perdidas, visitas de estudo canceladas e em como fomos bem e mal sucedidos a ajudar os nossos filhos a lidar com isso.

 

Mas uma questão surgiu. Como será a escola?

 

Se tens filhos matriculados na escola tradicional, provavelmente estás a ter conversas semelhantes. Os meus filhos devem comparecer pessoalmente? Haverá intervalo? Será que o meu filho, que frequenta o primeiro ano, terá de usar máscara? E se eles abrirem as salas de aula e acabarem por fechá-las novamente?

 

A minha sobrinha contou-me recentemente que o distrito escolar da sua filha pediu aos pais que tomassem uma decisão nas próximas duas semanas: aulas virtuais ou voltar às aulas presenciais. Com casos de vírus a crescer na sua área e um bebé em casa, ela e o seu marido estão inclinados para o virtual. E o meu feed de redes sociais está repleto de pais e professores a avaliarem as variáveis no seu próprio processo de tomada de decisão.

 

Como será a escola? Orar através da incerteza

 

O meu marido e eu trabalhamos a tempo inteiro. E eu vou admitir, a culpa da mãe trabalhadora está em alta desde que as aulas terminaram em março (menos tempo para as reuniões do Zoom acumuladas uma após a outra).

 

O ensino doméstico foi um desafio para mim. E por causa do meu trabalho, algumas das opções sobre as quais os amigos falam não são uma opção para a minha família. Mesmo assim, ainda hesito em mandar os meus filhos de volta à escola.

 

Tenho medo de que os pais dos seus amigos os mantenham em casa e que os meus filhos se sintam sozinhos. Eu preocupo-me com as restrições sociais bem-intencionadas que afetarão o bem-estar emocional dos meus filhos. Por isso, ainda existe um medo persistente pela sua saúde.

 

E a perda de tantas experiências? Não posso deixar de lamentar até as menores coisas: o facto da minha filha ter perdido o seu baile de finalistas e o meu filho ter perdido o seu primeiro jogo de futebol americano.

 

Intensificada por eventos pessoais e mundiais, a minha ansiedade normalmente controlada, aumentou consideravelmente.

 

Mas eu não estou sozinha. Até mesmo as minhas amigas mães que ficam em casa, preocupam-se com a sua capacidade de acompanhar a aprendizagem das crianças no ensino básico e dos que estão no ensino secundário. Uma amiga minha que ensina em casa confidenciou que estava preocupada com o cancelamento dos seus grupos regulares de ensino em casa, um acontecimento social que os seus filhos esperam ansiosamente a cada semana.

 

Não importa o local da escola, muitos de nós estamos ansiosos por questionar: como será a escola? Então, conforme todos nós tomamos decisões que não sabíamos que estaríamos a tomar, aqui estão quatro maneiras de orar durante o processo.

 

Ora para que as decisões não sejam influenciadas pelo medo

 

“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Timóteo 1: 7).

 

Se eu me permitisse, poderia temer muita coisa agora: a saúde dos entes queridos, como será o meu trabalho neste outono se as crianças precisarem de ficar em casa, se as restrições escolares serão suficientes ... ou demais. É assustador.

 

Mas tomar decisões baseadas no medo não vai ajudar os meus filhos. O medo tende a gerar mais medo. Se eu realmente deixasse o medo ter rédea solta, poderia manter os meus filhos trancados dentro de casa o dia todo para protegê-los de tudo, desde joelhos esfolados a esquilos raivosos. Isso não é saudável. Mas a preocupação da minha amiga com o filho com imunidade comprometida, a perder as peças da escola e os dias das visitas de estudo? Isso é legítimo.

 

Estou a pedir a Deus para limpar a minha mente do medo doentio enquanto o meu marido e eu procuramos o que é melhor para a nossa família neste ano letivo. Existem muitas incógnitas.

 

Mas não é sempre isso que acontece? O meu marido e eu precisamos da força de Deus para perceber isso e pensar com clareza. Assim, podemos chegar a um acordo sobre qual a melhor opção de escola para a nossa família.

 

Ora para que sejam tomadas decisões certas para cada filho

 

“Não havendo sábia direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança” (Provérbios 11:14).

 

Uma das partes mais difíceis da parentalidade é aceitar o facto de que nem sempre sei o que é melhor para os meus filhos. (Apesar de cantar frequentemente "Só a mãe sabe" do filme Entrelaçados para a minha filha adolescente.) Na verdade, estou a sentir dificuldade aqui com as decisões escolares.

 

E eu não sou a única.

 

Recentemente uma amiga minha pediu ajuda aos seus amigos professores para determinar o que seria certo para os seus dois filhos. O seu filho mais velho está em todos os quadros de honra e é suficientemente motivado para provavelmente prosperar num ambiente de sala de aula estruturado ou online. O seu filho mais novo, por outro lado, tem diferentes necessidades de aprendizagem, pelo que ela não tem a certeza se ele acompanhará bem ao ficar em casa. Mas ela também não sabe como é que ele vai lidar com as novas restrições sociais na escola.

 

Recentemente, li um artigo sobre o que os epidemiologistas estão a planear para os seus próprios filhos e descobri que mesmo os especialistas em saúde não parecem concordar com a resposta certa. (Estranhamente, achei isso reconfortante.) Eles estão a debater-se com as mesmas perguntas que tu e eu. E não existem respostas fáceis.

 

Portanto, estou a orar para não olhar para os meus filhos - ou para a situação e necessidades da nossa família - através de uma abordagem universal. Assim como o meu amigo, estou a procurar orientação de outros pais, professores e especialistas da área da saúde. E tenho pedido a Deus, que conhece os meus filhos melhor do que eu, que deixe bem claras as decisões certas a tomar para o próximo ano.

 

Ora pelos educadores dos teus filhos

 

“Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos” (Salmo 32: 8).

 

Quando os meus filhos que estão na escola pública de repente passaram para o ensino em casa na primavera passada, os seus professores e funcionários da escola encheram-nos de amor. Um desfile dos seus professores e líderes escolares favoritos inundou o nosso bairro, separados por quase dois metros. Eles ligaram / enviaram e-mails / mensagens de texto para ver como estavam os seus alunos. Agendaram horários diários para contarem histórias e ofereceram aulas particulares. Eles ficaram para sempre com um pedaço do coração desta mãe.

 

Como todos nós nos perguntamos como será a escola para os nossos filhos, não quero esquecer de que as crianças e os pais não serão os únicos a ajustarem-se a um novo ambiente. Os meus amigos professores já estão a dar voltas à cabeça para descobrir maneiras de desenvolver relacionamentos de confiança com os seus alunos que não estarão presentes pessoalmente. Ou como maximizar a segurança e a aprendizagem com o mínimo de espaço. Consegues imaginar dizer a 20 alunos do jardim de infância que fiquem a dois metros do colega?

 

Ora pelos professores nas escolas dos teus filhos. Ora pelos administradores, conselheiros, equipa de apoio, desde zeladores até serviços de alimentação, e todos os outros envolvidos na vida dos teus filhos na escola. Eu oro para que nos lembremos de ter paciência com eles. Porque enquanto determinamos as necessidades dos nossos próprios filhos, eles passam o verão a determinar as necessidades de muitos.

 

Como nós, eles nem sempre acertam. Oro para que todos nos lembremos de oferecer uns aos outros muita graça.

 

Uma vez tomadas as decisões, ora para que sejas libertado/a da ansiedade

 

“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas ”(Provérbios 3: 5-6).

 

Talvez já saibas a resposta para a questão "Como será a escola neste outono?" Mas talvez ainda estejas a lutar com a decisão que tomaste.

 

Não podemos ver o que vai acontecer no futuro. Muitas escolas estão a bloquear qualquer escolha que os pais façam para os seus filhos. (A aprendizagem virtual não está a funcionar? Não é possível escolher presencialmente até o semestre da primavera). Este ano letivo provavelmente não será como qualquer um de nós esperava. É provável que mude e flua de forma diferente, uma vez que estamos todos no meio disto, e isso por si só pode criar angústia.

 

Então, depois de tomares uma decisão e de teres a certeza de que será a melhor para a tua família, ora a Deus para que Ele te liberte da ansiedade dessa decisão. Pede-Lhe para te ajudar a confiares na aprendizagem, na saúde e na segurança dos teus filhos, quer planeies abraçá-los na hora de saírem para irem para a escola de manhã ou preparar um local para o ensino em casa.

 

Como será a escola este ano? Nós simplesmente não sabemos. Mas estou a orar por ti enquanto buscas as melhores opções de escola para a tua família.

 

 

 


Copyright © 2020 por FamilyLife. Todos os direitos reservados.

 

Lisa Lakey é escritora e editora da FamilyLife. Antes de se juntar ao ministério em 2017, ela era redatora freelancer sobre a educação dos pais e a cultura sulista. Ela e o marido, Josh, estão casados desde 2004. Lisa e Josh moram em Benton, Arkansas, com os seus dois filhos, Ella e Max.

 

Artigo original aqui.

 

Write a comment

Comments: 0

 

 

CONTACTOS

NACIONAL e LISBOA - Júnia Barbosa - 914702199 - info@familylife.pt

PORTO - Miriam Pego - 936114343 - porto@familylife.pt